quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Popó é acusado de ser mandante de crime.

Acelino de Freitas, conhecido como Popó, está sendo investigado pela polícia da Bahia. Acusado de ter mandado matar o namorado de uma sobrinha. O ex-campeão mundial nega todas as acusações através de sua assessoria.
A imprensa e a opinião pública devem ter cuidado com julgamentos precipitados. Cabe a justiça inocentar ou condenar o ex - lutador baiano. Não são poucos os exemplos na história desse país (e do Mundo) de inocentes massacrados pela mídia que, após "limparem" seus nomes continuaram com a reputação arranhada.
Quem não se lembra da Escola Base? O dono da instituição fora acusado de pedofilia, a matéria foi ao ar no principal veículo de comunicação do país. A escola perdeu alunos e credibilidade. Mesmo depois de provada inocência, a família viu-se obrigada a trocar de negócio.
Por outro lado, fama e dinheiro livraram a cara de figurões da política e celebridades. O Juiz Nicolau dos Santos Neto, acusado e condenado por inúmeras falcatruas, "pagou" por seus crimes em regime domiciliar, com direito a tudo do bom e do melhor, no conforto da sua belíssima residência. Enquanto o Senador José Sarney está sendo inocentado por "atos" em que foram mais que comprovados sua culpa.
O caso mais emblemático aconteceu longe do Brasil. Michael Jackson, cantor e dançarino famoso, ficou taxado como pedófilo. O pop star sempre negou, porém, fez acordo milionário para que retirassem as queixas. Foi o que a opinião pública precisava para o condenar levianamente. Dias após sua morte, o primeiro acusador admitiu ter mentido á mando de seu pai. Na cabeça de muitos a certeza que ele foi extorquido nos outros casos. Para outros ele continua pedófilo. A vontade de execrá-lo sempre existiu. A mídia "só" facilitou o processo.
Seria incorreto levar em conta para absolvição, os serviços prestados por um dos mais importantes atletas brasileiros. Vitórias no campo esportivo não podem servir de álibi ou defesa para acusações de outros setores. A justiça e seus membros precisam de autonomia para investigar. E os Meios de Comunicação devem apurar e noticiar as informações de maneira isenta e transparente, sejam elas contra ou a favor.

Cidade de Deus

Buscapé deseja ser fotógrafo, antes de realizar esse sonho, faz uma narrativa da sua infância e adolescência, nos presenteando com detalhes e curiosidades de uma das favelas mais violentas do Rio de Janeiro. Nascido e criado na Cidade de Deus, resume com clareza parte histórica da conhecida favela. Ele mostra também a corrupção da polícia, o preconceito com os moradores de comunidades carentes e o silêncio de outras autoridades, fatos não exclusivos daquela época e muito menos daquela favela.

O futuro repórter consegue um "bico" no jornal após fotografar de perto o Chefão do crime da CDD. Suas fotos são importantes e exclusivas, pois nenhum outro meio de comunicação tinha a capacidade de entrar na favela, impossibilitados por uma guerra interna. Cenoura e Zé Pequeno brigavam pela hegemonia das bocas de fumo, o segundo mais nervoso e impulsivo, perde a racionalidade após a morte do amigo Bené.

Buscapé também tinha perdido alguém, porém muito antes da disputa na favela. Seu irmão mais velho fora morto e ele tinha certeza de que tinha sido Zé. Assim era terrível para ele a presença do traficante e ao mesmo tempo necessária para seu sucesso profissional. Buscapé era o único que podia tirar fotos do bandido. Mas seu irmão fora assassinado por ele, muito antes desse trocar de nome e torna-se chefe da favela.
O filme mostra cenas violentas, abusa dos palavrões e retrata de maneira fiel a criminalidade nos morros e o descaso de setores públicos e privados em relação a população mais pobre. A narração do garoto repórter é na medida certa e não é á toa que no "boca boca" o longa é considerado um clássico, para alguns o maior filme brasileiro de todos os tempos. Pioneiro em revelar a realidade, inspirou outros filmes e desbancou o mito que "filme com palavrão é apelativo" Não vejo o que tirar nem por, na minha opinião é obra de excelente qualidade.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Jogos Olímpicos de 2016

No próximo 2 de outubro será realizada em Copenhague, na Dinamarca, a eleição da sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Existe esperança pela vitória do Rio de Janeiro que disputa com três candidatas: Tóquio, Madrid e Chicago. Embora esses Estados e respectivos países levem vantagem no quesito financeiro e na parte de estrutura, o COI (Comitê Olímpico Internacional) demonstra interesse pela candidatura da nossa Cidade.

Os Meios de Comunicação devem fazer seu papel de fiscalização, em conjunto com a sociedade e outros setores. Sediar os jogos só será positivo com responsabilidade e seriedade. O investimento em grandes obras, é válido se elas forem duradouras e deixarem beneficios para o Estado, vantagens que precisam ir além da área esportiva.

Os atletas são verdadeiros resistentes, esforçam-se pelas conquistas pessoais e coletivas, seus serviços continuam sendo usados, mas seus salários e patrocínios seguem escassos. É necessário pensar a formação de novos talentos, para as medalhas ficarem por aqui mesmo.

O Pan Americano de 2007, realizado no Rio de Janeiro deixou pouco para ser aproveitado. Grandes "Elefentes Brancos" foram erguidos e sua utilidades são totalmente discutiveis. A Copa do Mundo de 2014 tem seu destaque nos noticiários, gastar ou não gastar o dinheiro público? Muitos são os segmentos que precisam dessa verba.

Seleção Brasileira: As pazes com o povo

Quanto tempo se diz por aí que a Seleção Brasileira não empolga? Joga por dinheiro. Que não tem identidade? Que os jogadores só se empenham quando atuam por seus clubes? Falando em clubes, o amor por eles sempre foi maior do que o pela seleção, mas após a última Copa do Mundo milhares de brasileiros desencantaram de vez com a amarelinha e partiram para indiferença, alguns até começaram a torcer contra. A maneira como foi encarada a Copa de 2006 causou raiva nos brasileiros, jogadores desinteressados, descompromissados, querendo bater seus recordes pessoais as custa de um país.

Porém, a contratação de um novo técnico com a missão de botar ordem na casa transformou esse panorama. A impressão do público mudou. Logo no começo do trabalho, a comissão técnica arrumou briga desnecessária com dois craques do time, se por um lado houve excesso do treinador, a opinião pública convenceu-se que com Dunga os atletas não "criariam caso" nem ficariam de estrelismo. Em meio a tudo isso vieram os resultados, negativos e positivos. A Canarinho oscilou durante as Eliminatórias, empatando em casa com adversários inexpressivos e derrotando fora rivais tradicionais como Uruguai e Argentina. O maior mico da atual seleção foi perder para a fraca Venezuela em amistoso realizado nos EUA.

Após as campanhas vencedoras na Copa América (2007) e Copa das Confederações (2009) o torcedor voltou a acompanhar e se interessar pelas atuações da equipe. Todo aquele rancor e ódio foram sumindo e o prazer parece estar voltando. A classificação mais que antecipada para a Copa de 2010 também influenciou bastante nesse processo. Ás vésperas da grande competição, o grupo está praticamente definido, o brasileiro já sabe escalar o time, embora alguns nomes sejam questionados, é inegável a força coletiva e individual desse elenco. Com o Brasil amando a seleção, quem sabe os jogadores tentam provar que também amam o Brasil?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Léo Moura e a ingratidão

Existem flamenguistas dizendo que a torcida é ingrata, que deveriam respeitar mais os títulos que o Leonardo Moura deu ao Flamengo. Outros adotam o discurso que o reserva dele é pior, que ele é o melhor lateral direito jogando no Brasil. Parcela da torcida mergulha na própria submissão. O jogador que nunca foi regular, tecnicamente é superior aos seus concorrentes, porém, sem fazer boa partida em jogos importantes, não pode ser considerado o melhor do país. A declaração dele na saída do campo pedindo aplausos não foi a das melhores. Mais tarde, de cabeça fria, veio o pedido de desculpas. Mesmo nesse pedido o lateral continuou errando, disse que quem vai para estádio com o intuito de vaiar não é torcerdor do rubro-negro. Concordo que as vaias não ajudam em muita coisa. Mas ninguém deu o direito ao Leornado Moura de decidir quem é e quem não é flamenguista. Antes de chegar aqui, o jogador rodou por clubes do Rio de Janeiro e São Paulo, adaptado a Gávea, onde ganhou seu primeiro título, foi convocado para a seleção e eleito Bola de Prata, poderia mostrar um pouco mais de humildade. Vou aceitar o pedido de desculpas e entender o desabafo. A única coisa que peço em troca é garra, raça, que demonstre a mesma vontade de jogar que ele tinha antes de se firmar por aqui.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Um Fluminense Guerreiro

O Tricolor viajou para São Paulo com o objetivo de arrancar pontos do Palmeiras.

Não teve pudor em se encolher e jogar no erro do adversário.

Renato é experiente, sabe que pontuar aos poucos - sem se arriscar muito - é a chave para recuperar a confiança do elenco.

O péssimo estado do gramado favoreceu o time carioca, já que o dono da casa conta com jogadores mais técnicos.

O Fluminense de Renato Gaúcho tem mais garra que o de Parreira. O esforço é maior, a vontade também, mas Renato enfrentou logo de cara, equipes do topo da tabela.

Contra um Palmeiras lutando pela liderança, com treinador novo, no Palestra Itália, o empate seria mais que bem vindo.

Só faltou combinar com Cleiton Xavier, autor de lindo passe para o gol de Diego Souza. Aliás, os dois melhores jogadores da partida e principais do campeonato.

Apesar da derrota, o Flu mostrou sinais de melhora. Com Renato, a recuperação não parece tão distante.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Botafogo joga mais e não consegue vencer

O Botafogo de Ney Franco evolui devagar, no ritmo de seu técnico, vai ganhando formato de time e cobiçando lugares melhores na tabela.

Em jogo duro, no Couto Pereira lotado, o Alvinegro saiu na frente, cedeu o empate e após retomar a vantagem no marcador, levou gol bobo no final da partida. Poderia ter sido pior não fosse a trave ter ajudado o goleiro Castillo.

O sistema ofensivo tem aumentado sua produtividade e entrosamento, o de meio campo encontrou outra forma de atuar, parece que o time está começando a esquecer a saída do Maicosuel.

A defesa não foi sólida contra o Coxa e dois erros infantis impossibilitaram a vitória do Glorioso.