terça-feira, 30 de junho de 2009

A grande final!

Brasil sai atrás no marcador, joga sério, sem desacreditar da vitória e consegue virada sensacional, com Lúcio de cabeça no final da partida.

O primeiro gol Yanque saiu após uma falha cometida por André Santos, os brasileiros ensaiavam uma reação, quando foram surpreendidos por excelente contra-ataque norte americano. Sem tirar os méritos do gol de Donovan - dando belo corte em Ramires, depois deslocando Júlio César - a defesa menos vazada das eliminatórias da América do Sul, não pode ficar tão exposta na metade do primeiro tempo. Nosso time além de bom é experiente, não podemos confundir vontade de ganhar com ataque desordenado, em alguns momentos TODOS os jogadores de linha estavam a frente do meio campo. Controlando o jogo, mais na raça do que qualquer outra coisa, a Seleção buscava forçar para reagir. Kaká começou a buscar o jogo, Robinho - longe no seu esplendor na parte técnica - apresentava-se em todas as jogadas pelo lado esquerdo, embora produzisse pouco ou nada. O segundo tempo teve todos os ingredientes de uma boa decisão de campeonato. Quatro foram os gols: um mal anulado, outro relâmpago, um chorado e o derradeiro no fim do jogo. Para Luís Fabiano a auto-afirmação, as sombras de Ronaldo e Adriano cada vez mais distantes, o clamor de parte da imprensa por Nilmar perde sua força. O atual camisa 9, foi artilheiro do torneio marcando cinco vezes, ficando com excelente média de um gol por partida. O suficiente para provar seu valor e assumir sua titularidade definitiva. A Canarinho ainda necessita de testes, tanto de jogadores, como de variações no esquema. Ramires e Felipe Melo são bons jogadores, só que precisam ser mais regulares. Juan "vive" no departamento médico, apesar de ter reservas de qualidade, nenhum outro jogador está no nível do zagueiro da Roma. Elano é muito importante para o grupo, não é titular incontestável, e esse é o problema, alguém para ajudar os volantes e tabelar com Kaká no meio campo. Diego poderia exercer esse papel, tudo dependerá das suas atuações pela Juventus de Turim. Dos atacantes convocados, ninguém tem as mesmas características que Robinho, e o próprio está em má fase, Dunga não o substitui por nada, talvez, por isso, ele não convoque reservas para o jogador ex-craque do Santos. E segue a dúvida na lateral esquerda. Daniel Alves entrando novamente na vaga de André Santos, uma prova que o treinador não confia em nenhum dos laterais de chamados para a Copa das Confederações. Na lateral esquerda não existe certeza de nada. Se você é canhoto e habilidoso, grave um dvd com seus melhores lances e mande para CBF.

Jogos Atrasados

Fiquei devendo dois jogos do Brasil. Contra Itália e depois a seminal entre Brasil x África do Sul. Na verdade são três os jogos, mas a final merece comentário separado.

Brasil 3 x 0 Itália

No duelo contra a Azurra, a Seleção do técnico Dunga jogou com vontade, empenho, que aliás sempre sobram quando o adversário é da "elite". A seriedade do time diante da Itália, seria bem-vinda contra equipes de menor qualidade e prestigio. Novamente o contra-ataque foi a principal arma da Seleção.

*Uma Itália sem Del Piero, sem Totti e sem graça. Falta muita criatividade na equipe de Marcelo Lippi, principalmente pela carência de talento no setor. Engana-se quem pensa que a Itália ganhou a Copa com futebol feio cercada por brucutus, A Tetracampeã contava com Del Piero e Totti, craques de bola que desequilibraram ao lado de Cannavaro, Pirlo e Buffon, esses três, remanescentes na equipe principal. A Itália pode render mais do que rendeu nessa Copa das Confederações, os erros perante o Brasil dificilmente se repetirão em um hipotético confronto futuro. Bem ou mal, será CANDIDATA ao título na próxima Copa do Mundo - como SEMPRE é, ao lado de Brasil e Alemanha.


Brasil 1 x 0 África do Sul

Joel que treinou o Dunga jogador - quando ambos estavam no Vasco da Gama - armou uma forte retranca, mesmo assim, conseguiu ameaçar a meta defendida por Júlio César.

A equipe mais "chata" que enfrentamos na competição. Faltou entender o jogo para facilita-lo. Rodar a bola, abrir o jogo, acelerar a movimentação do ataque, sair jogando rápido quando retomar a bola, coisas simples que servem para ser usadas em todas as partidas, porém, essas atitudes geralmente são tomadas quando o adversário do outro lado é mais forte, quando na teoria o trabalho é mais duro. O lado positivo foi a tranquilidade da equipe, que tentava com paciência penetrar na muralha armada pelos defensores da África do Sul. Essa paciência não pode ser confundida com soberba, o Brasil não arriscou - sofreu pressão em algum momentos é verdade - jogou com cautela e não salto alto. O gol veio somente as 43 minutos do segundo tempo, com Daniel Alves em belíssima cobrança de falta. Daniel Alves acabara de substituir o mediano André Santos. A Seleção vai se acertando e a lateral esquerda continua sendo problema.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Brasil 3 x 0 EUA

Mantendo a posse de bola por grande parte do jogo, Seleção vence com facilidade os norte-americanos.

Ramires e Maicon foram os destaques da partida. Ramires, sofreu a falta no primeigo gol, deu passe para o segundo e participou da triangulação no terceiro. A camisa amarelinha não pesa na pele do ex-jogador do Cruzeiro. Enquanto o lateral direito chegou a linha de fundo por diversas vezes, cruzando relativamente bem, além disso, arriscou alguns chutes, e em bela jogada com Kaká e Ramires fez o terceiro da Seleção. Foi dele também o levantamento para Felipe Melo abrir o placar.

Kaká também jogou bem, muito inteligente na jogada do segundo gol e preciso na tabelinha no terceiro. Porém, o melhor meia do planeta deixa a desejar na hora de armar o jogo. Falta o toque de lado, a cadência, saber a hora de controlar a partida. A hora de partir pra cima ele sabe e faz melhor que qualquer outro no mundo.

Os volantes foram bem, Felipe Melo fez seu gol melhorou muito em relação ao jogo anterior. O sempre criticado G. Silva quase deixa o seu em trama construída por ele próprio com ajuda do lateral Maicon, infelizmente a cabeçada do camisa 8 foi por cima da trave. Na marcação certo descuido, mas sem maiores estragos. Miranda e Lúcio anularam a única arma dos USA, o atacante Donovan e Júlio César praticamente só assistiu a partida.

Os atacantes não foram muito intensos na partida. Robinho marcou o seu, após receber presente de Ramires. Luís Fabiano teve poucas oportunidades e infelizmente não balançou as redes.

André Santos na lateral esquerda, não teve a mesma contundência de Maicon, por outro lado foi superior ao titular Kléber. Mostrou-se tímido no inicio, evoluiu aos poucos e até tentou finalizar de fora da área. Seria um bom teste lança-lo contra a Itália.

Dunga e sua equipe vão provando que com tempo para trabalhar, são capazes de vencer adversários difíceis. Atuando bem, fortalecendo o conjunto, honrando a tradição de dominar as partidas. O principal defeito a ser corrigido é a atenção da Seleção no segundo tempo dos jogos. Fora isso o Brasil segue preparado para o confronto com a Azurra. O jogo mais aguardado dessa primeira fase.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Brasil 4 x 3 Egito

A Seleção brasileira por pouco não empata com o Egito, na sua estreia na Copa das Confederações.

A equipe de Dunga mostrou preguiça em vários momentos da partida. Pela primeira vez no comando do técnico, a defesa sofreu 3 gols em jogos oficiais. Júlio César não comprometeu, tampouco foi espetacular, a exibição sem milagres do goleiro serviu para escancarar os problemas de posicionamento do sistema defensivo. Lúcio e Juan além de entrosados, estão entre os melhores zagueiros do mundo, porém, o setor precisa de ajustes. Na lateral direita, Daniel Alves vai se firmando, apoia bem, é participativo, só peca quando afunila o jogo, mesmo assim é um dos jogadores mais objetivos da Seleção, procura fazer cruzamentos ou finalizar todas ás vezes que vai a frente. Infelizmente, o mesmo não acontece do outro lado, o bom jogador Kléber (de outros tempos) está irreconhecível, dificilmente ultrapassa o meio do campo, e apesar dessa cautela toda, os adversários insistem em atacar por ali. Gilberto Silva funciona bem como terceiro zagueiro (outro jogador poderia cumprir seu papel, mas ele não é tão ruim quanto querem desenha-lo) Felipe Melo provou o quanto é importante, sua atuação irregular, deixou a Seleção desequilibrada. Elano fez duas assistências e cobriu as subidas de Daniel Alves - Elano é o tipo do jogador que "ninguém convocaria", mas, uma vez no time é difícil encontrar jogador mais útil - Kaká fez 2 gols, assumiu a responsabilidade de ser o craque do time, só falta a ele impor o ritmo da partida, cadenciar quando preciso e acelerar quando necessário. Luis Fabiano deixou o dele e pretende brigar pela artilharia da competição, começou bem. Robinho é o melhor segundo atacante do país, veloz, de bom passe, pode jogar como meia, sabe fazer gols, no entanto, não vem fazendo nada, continua como titular porque é jogador de confiança do Dunga. Ramires mal tocou na bola e quase entra de cara com o goleiro egípcio, precisa de tempo para provar seu valor. A ansiedade de Pato, só o atrapalha, para melhorar seu desempenho, basta ao jovem atacante utilizar da mesma frieza que usa no Milan. Dunga se mantêm no cargo evitando falar das falhas e sempre lembrando das dificuldades das outras seleções. O grande desafio do treinador nessa competição é aproveitar o tempo e transformar os jogadores mais talentosos do mundo em um conjunto, um time competitivo, a missão não é das mais difíceis, parece fácil demais, é ai que mora o perigo.