segunda-feira, 15 de junho de 2009

Brasil 4 x 3 Egito

A Seleção brasileira por pouco não empata com o Egito, na sua estreia na Copa das Confederações.

A equipe de Dunga mostrou preguiça em vários momentos da partida. Pela primeira vez no comando do técnico, a defesa sofreu 3 gols em jogos oficiais. Júlio César não comprometeu, tampouco foi espetacular, a exibição sem milagres do goleiro serviu para escancarar os problemas de posicionamento do sistema defensivo. Lúcio e Juan além de entrosados, estão entre os melhores zagueiros do mundo, porém, o setor precisa de ajustes. Na lateral direita, Daniel Alves vai se firmando, apoia bem, é participativo, só peca quando afunila o jogo, mesmo assim é um dos jogadores mais objetivos da Seleção, procura fazer cruzamentos ou finalizar todas ás vezes que vai a frente. Infelizmente, o mesmo não acontece do outro lado, o bom jogador Kléber (de outros tempos) está irreconhecível, dificilmente ultrapassa o meio do campo, e apesar dessa cautela toda, os adversários insistem em atacar por ali. Gilberto Silva funciona bem como terceiro zagueiro (outro jogador poderia cumprir seu papel, mas ele não é tão ruim quanto querem desenha-lo) Felipe Melo provou o quanto é importante, sua atuação irregular, deixou a Seleção desequilibrada. Elano fez duas assistências e cobriu as subidas de Daniel Alves - Elano é o tipo do jogador que "ninguém convocaria", mas, uma vez no time é difícil encontrar jogador mais útil - Kaká fez 2 gols, assumiu a responsabilidade de ser o craque do time, só falta a ele impor o ritmo da partida, cadenciar quando preciso e acelerar quando necessário. Luis Fabiano deixou o dele e pretende brigar pela artilharia da competição, começou bem. Robinho é o melhor segundo atacante do país, veloz, de bom passe, pode jogar como meia, sabe fazer gols, no entanto, não vem fazendo nada, continua como titular porque é jogador de confiança do Dunga. Ramires mal tocou na bola e quase entra de cara com o goleiro egípcio, precisa de tempo para provar seu valor. A ansiedade de Pato, só o atrapalha, para melhorar seu desempenho, basta ao jovem atacante utilizar da mesma frieza que usa no Milan. Dunga se mantêm no cargo evitando falar das falhas e sempre lembrando das dificuldades das outras seleções. O grande desafio do treinador nessa competição é aproveitar o tempo e transformar os jogadores mais talentosos do mundo em um conjunto, um time competitivo, a missão não é das mais difíceis, parece fácil demais, é ai que mora o perigo.

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